Lembro-me quando alguns amigos do mercado financeiro me contavam que para se financiar um veículo, na década de 80, o dono da loja tinha que levar o contrato de financiamento diretamente na financeira já que não existia atendimento comercial. Era o nascimento de uma nova era no negócio de veículos.
O mercado de automóveis foi crescendo e as operações se tornaram interessantes para as instituições de crédito. O volume de negócios rendia lucros para os bancos, o consumidor precisava financiar e as lojas precisavam vender. Começou a ficar inviável para os lojistas (clientes) ir as financeiras.
Veio então à descoberta da excelência no atendimento, o novo diferencial para se conquistar o cliente. Surge ainda na década de80 a Equipe Comercial: Regionais, Gerentes, Operadores e Analistas seriam responsáveis em prospectar e analisar as operações de financiamentos fazendo nascer o relacionamento comercial. O carisma, as visitas, o atendimento, a confiança, a responsabilidade e a transparência passaram a ser os diferenciais para se conquistar e cativar os lojistas. Os produtos todos tinham, mas o atendimento era primordial e deveria fazer a diferença. Elevou-se o nível de exigência.
A equipe comercial preparou-se para operar as calculadoras financeiras. A aprovação do crédito (ficha de financiamento) era realizada avaliando o perfil do cliente com checagens bancárias (pescarias) e “sindicâncias” (in-loco). “Pode aprovar que esse cliente eu conheço, eu garanto” era o slogan dos lojistas.
Ainda na década de90, a equipe comercial era recebida pelos lojistas quase que com tapetes vermelhos. A valorização profissional era um ingrediente que fortalecia e motivava os negócios. Para se conquistar o mercado era necessário criar estratégias e ações comerciais que pudessem blindar os lojistas. Era um relacionamento de parceria e confiança. O lanche da tarde eram coca-cola e salame, um banquete!
Veio então à descoberta da excelência no atendimento, o novo diferencial para se conquistar o cliente. Surge ainda na década de
A equipe comercial preparou-se para operar as calculadoras financeiras. A aprovação do crédito (ficha de financiamento) era realizada avaliando o perfil do cliente com checagens bancárias (pescarias) e “sindicâncias” (in-loco). “Pode aprovar que esse cliente eu conheço, eu garanto” era o slogan dos lojistas.
Ainda na década de
Vivemos no século XXI. Agora é Churrascaria Porcão. A era da tecnologia, o mundo das grandes compras e trocas. O dinheiro está mais fácil assim como o crédito. Jovens operadores ingressam no mercado em busca de altos salários não priorizando a construção de uma carteira de crédito com liquidez. Executivos em busca de metas ambiciosas trocam o tempo com a família por mais horas de trabalho. A máquina ocupou um grande espaço em nosso meio. Os lojistas, antes necessitados de atendimento para viabilizar as suas vendas, vivem outras realidades. Chegou à era do “quem pagar mais será meu parceiro”. O esforço criativo e o relacionamento comercial agora são secundários. A prioridade do momento é superar as negociações financeiras e a inteligência da máquina. Quem é mais forte?
Enfim, vivemos um tempo onde o valor profissional ficou fragilizado. A parceria foi substituída por um triângulo onde de um lado o Lojista (cobiçado) necessita de recursos financeiros, na outra ponta a instituição financeira que equipada tecnologicamente analisa e decide o crédito do cliente em segundos e, no meio dessa relação, à equipe comercial, representada pelo Operador duela com o capitalismo desenfreado e a tecnologia que passam a viabilizar e ditar as regras desse tão “artificial relacionamento”.
A revolução tecnológica e o exagero de oferta para se “comprar produção” no mercado financeiro assassinou o autêntico relacionamento comercial e extirpou os profissionais que construíram com amor e paixão o negócio financiamento de veículos. O mercado é direcionado pelos sistemas avançados de crédito escore e pelos acordos comerciais financeiros.
Profissionais do mercado e coadjuvantes dessa grande peça de teatro, saibam que ao final de cada ato nem todos serão aplaudidos de pé, portanto posicione-se corretamente no palco para que as cortinas não se fechem a sua frente. Mantenham-se firme e lute com dignidade. Honrem o passado que foi palco de grandes conquistas. Equilibre-se. Façam com amor e dediquem-se aos acertos para que a sua família vibre com as suas conquistas. Permita prevalecer à sinceridade e a ética e faça com alegria. Acredite na sua capacidade e no seu talento. Nada pode valer mais do que a sua alma. Lute e vença, você tem valor!
GVF
Enfim, vivemos um tempo onde o valor profissional ficou fragilizado. A parceria foi substituída por um triângulo onde de um lado o Lojista (cobiçado) necessita de recursos financeiros, na outra ponta a instituição financeira que equipada tecnologicamente analisa e decide o crédito do cliente em segundos e, no meio dessa relação, à equipe comercial, representada pelo Operador duela com o capitalismo desenfreado e a tecnologia que passam a viabilizar e ditar as regras desse tão “artificial relacionamento”.
A revolução tecnológica e o exagero de oferta para se “comprar produção” no mercado financeiro assassinou o autêntico relacionamento comercial e extirpou os profissionais que construíram com amor e paixão o negócio financiamento de veículos. O mercado é direcionado pelos sistemas avançados de crédito escore e pelos acordos comerciais financeiros.
Profissionais do mercado e coadjuvantes dessa grande peça de teatro, saibam que ao final de cada ato nem todos serão aplaudidos de pé, portanto posicione-se corretamente no palco para que as cortinas não se fechem a sua frente. Mantenham-se firme e lute com dignidade. Honrem o passado que foi palco de grandes conquistas. Equilibre-se. Façam com amor e dediquem-se aos acertos para que a sua família vibre com as suas conquistas. Permita prevalecer à sinceridade e a ética e faça com alegria. Acredite na sua capacidade e no seu talento. Nada pode valer mais do que a sua alma. Lute e vença, você tem valor!
GVF
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