09/09/2012

O telefone tocou


Uma cena no culto me despertou a atenção. Uma voz sussurrava a poucos metros de mim. Um homem conversava ao celular. Naquele momento, havia um sentimento diferente no ar, uma emoção, originada pela palavra ministrada pelo Pastor que inclusive convidava as pessoas para orar. Por isso, não entendi aquela atitude. 

O assunto não era urgente, do tipo, morte ou acidente. Ele estava muito tranqüilo e não se incomodava com o que acontecia no altar. O Pastor sendo usado por Deus ali e aquele homem não poderia esperar 10 minutos para atender ao telefone do lado de fora da igreja. E aí você pergunta: O que tem de mais nisto?

É verdade... “o que te demais nisto”... Estamos deixando de ceder alguns minutos da nossa vida em prol de algo que possa promover a transformação da nossa fé, e da nossa perspectiva de vida, para nos ocupar com assuntos que podem ser conduzidos numa outra ocasião. É através dessas escolhas que estamos permitindo a invasão de sentimentos vazios e egoístas em nosso coração aonde o simples ato de ir a igreja estabelece a realização de uma meta pessoal com Deus, um mero protocolo.  

”Fui à igreja, cumpri a minha obrigação, agora, posso curtir o meu domingão”. Meu Deus! Tenha misericórdia do teu povo... São pensamentos assim, que tem tornado o povo mais frio e indiferente às obrigações enquanto maridos, esposas, filhos, netos, avós, enquanto seres humanos. Estamos dando “END” na ligação de Deus que apenas deseja falar ao nosso coração para atender outras ligações: marcar baladas,  almoços, partidas de tênis, viagens e, até mesmo para atender o amante. E Deus?

Talvez possamos atendê-Lo quando um filho estiver doente ou o esposo sumir ou no caso de um acidente. Talvez ainda quando estivermos em tremendos apuros ou precisando de uma porta de trabalho, uma cura, um milagre. Deus atenda-me!
 
A hipocrisia vem alimentando as fantasias de famílias inteiras onde cada vez mais os relacionamentos entre os cônjuges e os filhos são motivados pelos compromissos individuais esfriando assim os sentimentos e enterrando o respeito em sepultaras profundas. Filhos não são mais abençoados pelos pais, apenas uma breve despedida com “boa noite” para dar tempo de terminar o dia acessando a internet.

A insensibilidade não nos intimida em atender ao telefone no momento mais importante de uma celebração a Deus. A indiferença ao amor de Deus nos torna insensíveis à Sua presença e com isso, nos transformamos numa máquina pronta para viver a vida através do comando que o destino deseja impor. O autor da nossa vida deseja algo muito maior e mais real. Ele morreu por nós, se sacrificou e saímos da sua presença por qualquer ligação ou motivo inferior. Ele nos ama, incondicionalmente. 

A sua vitória não se resume a ser bem sucedido profissionalmente ou socialmente, mas ela começa dentro do seu coração quando humildemente você aceita viver a disposição da vontade de Deus para agradá-Lo e depois satisfazer os seus desejos.

Parecer confuso? É muito simples. “O SENHOR se agrada dos que o temem e dos que esperam na sua misericórdia”. Salmos 147:11 - Não deixe de atender a voz do Senhor Jesus. Ele quer falar com você agora mesmo. Atenda-O.

Jesus te abençoe!


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