17/06/2012

Voz trêmula e engasgada



Neste domingo quando chegamos em casa fui para o quarto ouvir o final da partida entre o Atlético X São Paulo. São Paulo ganhava por 1 X 0. Claro que, como um bom cruzeirense, queria ver o placar concretizado e o Cruzeiro mantido na vice-liderança. Tudo certo. 

O São Paulo venceu, porém uma entrevista do Bernard a Rádio Itatiaia ao final da partida me levou a uma reflexão. Era notório, mesmo não vendo as imagens, que ele ficou um pouco abalado com a derrota. A sua voz trêmula e engasgada retiravam do coração palavras sinceras.

O desabafo do Bernard pode ter vários motivos, mas há algo que precisa ser observado. Ele como profissional, como desportista, está lutando com amor pelo seu trabalho. Ficou claro que a sua decepção está abalando a sua confiança e com isso a cobrança interna sobrepõe aquilo que poderia ser a saída para, ele mesmo, driblar a desconfiança dos outros. Avaliações fúteis?

A vida é assim, em qualquer área ela te remete a ver e a se preocupar com que os outros vão pensar ou como vão te avaliar. Somos massacrados pela cobrança de terceiros e dessa maneira nos tornamos reféns da nossa própria insegurança. Sabemos como e o que precisamos fazer, porém a expectativa do acerto nos coloca num labirinto onde as saídas nos levam ao nada.

Mas, há uma força dentro da gente que insiste em nos levar ao sucesso que tanto buscamos e, é exatamente essa força, que vai tirar o tremor da nossa voz fazendo-nos gritar pela vitória. As circunstâncias provocam o medo que procura acelerar o nascimento de uma covardia que jamais prevaleceu. É neste momento que devemos deixar explodir a confiança e a segurança que sempre fez da nossa existência a própria razão de sermos excelentes no que fazemos.

O Bernard disse algo em sua entrevista: “assim não vou sobreviver no futebol”. E você vai resistir ao futebol da vida? O jogo que a vida lhe impõe está com qual placar? Aliás, você está jogando para a sua felicidade ou para fazer o outro feliz? Cuidado com as bolas pelas costas. Muito cuidado com as necessidades dos outros, elas não lhe tornará mais importante. Crie as jogadas que lhe colocarão no trono do saber e balance as redes com o gol da humildade. 

Seja feliz, para então fazer feliz, aqueles que torcem pela sua vitória. Vibre com o seu time, a sua família, os seus colegas. Festeje e confie no talento que há dentro de você. Trabalhe com amor e jamais procure encontrar no outro o motivo do seu insucesso. Perde-se quando desiste de lutar. Hoje é o dia de gritar para o mundo: “ASSIM EU SEREI SEMPRE UM CAMPEÃO”.

Desejo-lhe uma semana de grandes conquistas!

Jesus te abençoe!

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